quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A dor da perda

Meu pai faleceu no início desse mês, de câncer, e quem já teve um parente ou amigo nessa situação sabe bem como é o caminho de um doente com câncer e de quem está a sua volta.
Pois bem, depois de saber da doença já sabia qual seria o fim, ou seja, tratamento existe, prolonga, mas o final é sempre doloroso, então me preparei pra o que viria, e foi bom ter feito isso, parece que "doeu" menos, ou talvez seja como a história abaixo, por vir sentindo a dor da perda durante toda a doença eu a "fracionei", a espalhei durante esses quase dois anos de tratamento e assim foi mais fácil encarar a sua morte.
Recebi essa mensagem, gostei, me identifiquei e coloco aqui.

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
_ Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-Qual é o gosto?
-'Bom!' disse o rapaz.
_ Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
_ Não, disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
_ A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de
onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve
fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais
valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: é deixar de ser copo... para tornar-se um lago.

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