segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vida - decisões

Faz um tempinho que não escrevo nada, mas pra mim, escrever é inspiração, não estou conseguindo organizar meu tempo, e como tenho mania de fazer mil coisas ao mesmo tempo, tem coisa sendo deixada de lado e a inspiração está faltando.
De tempos em tempos fico revendo minha vida, o que fiz, decisões tomadas, se tivesse decidido diferente como seria. Enfim, gosto de pesar pra ver se fiz certo. E chego a conclusão que ninguém toma todas as decisões certas, mas tem algumas que quando tomadas de forma errada tem conserto, algumas decisões que tomei e que não deram como eu esperava não sei como consertar. Quando era mais nova não tinha medo de mudar o rumo de minha vida, depois vieram os filhos e toda decisão tomada girava em torno deles, agora são crescidos, mas não consigo mudar o modo de tomar as decisões, tenho receio de mudar de novo o rumo da vida, dar uma guinada.
Sou uma pessoa de mudanças, gosto de mudanças, sou como camaleão, gosto de mudar de cara, mudar móveis de lugar, fazer coisas diferentes, isso me satisfaz, me dá energia. Faz tempo que estou parada, isso não está me fazendo bem. Me sinto estacionada, estagnada, incapaz e inútil, como se fosse uma deficiente que precisa de alguém pra dizer o que fazer e como fazer.
Vamos ver até quando vou conseguir viver assim.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Filhos


Tive meus filhos muito cedo, foi um sufoco, mas a melhor coisa que me aconteceu. Eles sempre foram a razão pela qual sempre segui e sigo em frente a despeito de tudo.
Apesar de amá-los muito sei que uma hora eles vão partir seguir em frente com suas vidas, continuar o ciclo, vou sentir falta mas não procuro prendê-los comigo, também um dia fiz isso, segui em frente.

Amizade

Esta música do Oswaldo, de quem sou fã, me faz lembrar dos amigos que deixei em Brasília, muitos já perdi o contato, nem sei mais onde achar. Mesmo fazendo outras amizades aqui onde estou morando agora, parece que não são iguais, talvez a idade faça mudar esse tipo de coisa.
Mas aqui quero fazer uma homenagem a amizade, aos amigos antigos e novos, porque sem amigos ninguém vive.

A Lista (Oswaldo Montenegro)

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

terça-feira, 15 de julho de 2008

Deus - fé - religião

Como já disse, leio muito, e quando encontro textos que traduzem também o meu pensamento gosto de guardar e de passar adiante. Enfim, eis mais um texto que traduz também a minha visão de Deus.

Sou de uma família tradicionalmente católica desde sempre, mas desde pequena contestava o que me diziam, depois de muito andar procurando algo que me completasse realmente desisti, não de Deus, mas de religião.

Hoje não tenho religião, acredito em Deus, um poder superior que nos guia, uma presença constante em cada pedacinho de nosso planeta, em cada momento de nossa vida. Rezo, ou converso com Deus, a qualquer hora e em qualquer lugar.

Lendo o livro "O Senhor de Sándara" , de Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol) encontrei esse trecho onde traduz também o meu modo de pensar.

... se a Criação que nos rodeia e da qual formamos parte não é por si mesma, suficientemente eloqüente para persuadir o homem de que a existência de Deus é inegável, muito menos poderá ser a palavra de um semelhante, por mais que se empenhe em demonstra-lo. Feito este esclarecimento, entremos de cheio no assunto.
Quando se afirma que Deus existe, é absolutamente necessário acompanhar tal afirmação com uma proposição desvinculada de qualquer idéia que o limite ou impeça de concebê-lo em sua imensidão, onipotência e infinidade. Partindo da base de que a Causa Primeira é Deus e não tendo ao nosso alcance nenhum ser visível a quem se possa atribuir o ato da Criação Universal, é lógico que a reconheçamos Deus como Supremo Criador; mas a capacidade para considerar sua existência depende dessa existência em si, senão da medida em que cada ser humano a reconheça, a sinta e a palpe individualmente.
Há duas coisas que são, sem dúvida alguma, inseparáveis, porquanto constituem uma mesma e absoluta verdade: a Criação e seu Criador. Uma pressupõe a presença da outra, com toda certeza; de maneira que se a Criação existe, o que nos consta porque a vemos, a palpamos e dentro dela vivemos, é impossível por em dúvida a existência de Quem, havendo-a concebido primeiro, plasmou-a depois em suprema realidade, ditando ao mesmo tempo, as leis que mantêm seu equilíbrio e velam por sua conservação eterna. A existência de Deus, prova-se pela própria existência de tudo o que nos rodeia e por nossa própria existência e, sobretudo, pela prerrogativa que nos foi concedida de formular essa pergunta e também de respondê-la, para nós mesmos, servindo-nos do conhecimento que se adquire através do estudo, da observação e da experiência conscientemente realizados no viver diário.
Deus, em razão de sua inabarcável dimensão cósmica, não pode ser limitado; mas, sendo isso tão fácil de compreender, nem sempre foi tido em conta pelo homem. É um fato certo, apesar do paradoxo, que este pretendeu fazer Deus à sua imagem e semelhança, sem medir, provavelmente, as proporções nem as conseqüências de tamanho sacrilégio. Não devemos esquecer que as crenças lançaram suas raízes na ignorância das tribos primitivas. Em plena incipiência mental, carente de entendimento, cada tribo adorava os deus dos quais se apropriava. Com o passar do tempo e o desenvolvimento humano, mas sempre num clima de ignorância e de ingênua credulidade, fizeram outro tanto as religiões, as quais levaram suas crenças à convicção de que Deus lhes pertencia, por assim haver determinado seus sustentadores. E não somente isso, senão que cada seita o ia conformando segundo as conveniências e as exigências de seus respectivos dogma, apresentando-o velado, naturalmente, pelos chamados “mistérios”.
As crenças paralisam a nobre função de pensar. Ditosos os olhos do entendimento não contaminado, que diferentemente dos que ficaram cegos pela fé dogmática, podem nutrir sua vida com os ensinamentos espalhados por Deus na Criação! O dogma pôde ser útil aos homens nas épocas de barbárie, de atraso moral, intelectual e espiritual, porém não nestes tempos que estão marcados os câmbios mais surpreendentes em quase todas as ordens do viver humano. Pura e simplesmente, o dogma é hoje um contra-senso; insistir em sua manutenção é pretender fechar os olhos daqueles que conseguiram ultrapassar o obscurantismo espiritual em que a humanidade ainda está imersa. O homem ama a verdade, anseia por ela, mas para não ser envolvido pelo engano, deve buscá-la com sua razão e essa razão deve ser unanimemente respeitada. Não se pode pretender, atribuindo à fé cega virtudes que ela não tem, excluir das possibilidades humanas as funções de discernir e de julgar, e submeter o homem, sem prévia discriminação de sua parte, ao acatamento de fórmulas que adulteram a verdade.

O tempo

Gosto muito de ler, e sempre encontro algo com que me identifico, coisas que gostaria de dizer e não sei como, mas o autor do livro traduziu exemplarmente. Aqui está um exemplo de uma de minhas autoras preferidas - Agatha Christie - sábias palavras.

"Em meu entender, a vida consiste em três partes: o absorvente e habitualmente agradável presente, que corre minuto a minuto com velocidade fatal; o futuro, obscuro e incerto, quanto ao qual podemos fazer inúmeros planos interessantes, e se insólitos e improváveis tanto melhor, visto que - como nada virá a ser como esperávamos que fosse - ao menos nos divertimos enquanto planejávamos; e a terceira parte, o passado, as recordações e as realidades que são os alicerces da vida presente e que nos surgem de repente, trazidas por um perfume, pela forma de uma colina, qualquer canção antiga, trivialidades que nos fazem de súbito murmurar "Eu me lembro..." com um peculiar e quase inexplicável prazer.
Esta é uma das compensações que a idade nos dá e, certamente muito agradável: recordar."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Respeito

Respeito é uma atitude bilateral, não se pode exigir respeito se você não respeita. Muita gente acha que deve ser respeitada porque é mais velha, porque é chefe, porque é rico, porque tem mais experiência, mas falta um pedaço nisso ai. O mais novo, o empregado, o pobre, o novato também merecem respeito.
Se todos agissem com respeito o mundo seria diferente, muito diferente.